quinta-feira, 26 de junho de 2014

O BOM HUMOR DOS BRASILEIROS ESTÁ POR UM FIO?

Na revista eletrônica de hoje  Época traz uma matéria que confirma o que já tínhamos adiantado aqui no blog:

REPRODUÇÃO REVISTA ÉPOCA-

Na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo, a Copa chegou, mas não trouxe o passado de volta. Durante o jogo do Brasil com o México, na tarde da terça-feira, as ruas do bairro estavam vazias, e o comércio fechado. O clima de festa popular que costumava cercar as partidas do Brasil em Copas anteriores não deu sinal de vida desta vez. Nem na decoração. A exceção era a Rua Rogério Jorge, que o empresário Odair Alexandre Júnior, de 45 anos, vestiu cuidadosamente de verde e amarelo, como faz desde criança. “A Seleção é a Seleção”, diz ele, orgulhoso, na rua deserta. “Politicagem e protesto, só nas urnas.” Na semana anterior, quando o Brasil estreou na Arena Corinthians, a Vila Carrão, no caminho para o estádio, foi palco de confrontos violentos entre manifestantes e a polícia. “Parece que hoje todo mundo se escondeu em casa”, diz o despachante Alexandre Randmer, de 35 anos. Ele viu o jogo no quintal de casa, comendo uma feijoada em companhia dos amigos. “O pessoal deve estar com medo das manifestações.”












Vista pela televisão, cuja cobertura se concentra nos estádios, a Copa se transformou num colorido desfile de estrangeiros alegres e brasileiros emocionados. Em pontos de concentração boêmios, como a Vila Madalena, em São Paulo, ou nos espaços de festa da Fifa espalhados pelo país, também emerge uma atmosfera carnavalesca cada vez que o Brasil entra em campo. Mas isso não significa que a Copa tenha incendiado o país. Quando se anda pelas ruas das grandes cidades brasileiras, fica claro que o país ainda não deixou para trás o espírito crítico de junho, que se traduziu no slogan “Não Vai Ter Copa”. Teve Copa, o time deFelipão entrou em campo, mas a torcida, assim como os atacantes brasileiros, ainda hesita.
“O Mundial nunca mais será a celebração nacional que costumava ser em 1950 e 1970”, afirma Ronaldo Helal, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, um dos pioneiros na sociologia do esporte no país. “A Seleção Brasileira não é mais, como no passado, a representação da ‘pátria de chuteiras’. Houve um amadurecimento da sociedade.” Embora louvável, a separação entre o fervor futebolístico e o cívico entristeceu o evento. O escritor e jornalista inglês Alex Bellos, que morou cinco anos no Brasil, diz que nunca viu os brasileiros tão contidos em relação à Seleção. “As ruas não estão enfeitadas, as pessoas não estão eufóricas. Só há festas onde estão os estrangeiros”, diz ele. Em Londres, antes da Olimpíada de 2012, Bellos diz que havia ressentimento com os gastos e má vontade em relação ao evento. Mas isso mudou com os resultados esportivos. Será o mesmo no Brasil, se a Seleção, finalmente, encantar?
Em prol da virada de humor dos brasileiros há três fatores claramente discerníveis. Primeiro, uma Copa que, futebolisticamente, tem sido maravilhosa, com jogos empolgantes e muitos gols. Segundo, a ausência de graves problemas de organização ou infraestrutura durante o evento, que poderiam envergonhar os brasileiros diante do mundo. Por fim, o avanço da Seleção Brasileira no torneio, mesmo que sem brilho. A cada partida se canta o Hino Nacional com mais fervor – e, a cada jogo, aumenta a torcida. “Não é porque torço pela Seleção que sou alienado. As pessoas estão perdendo a vergonha de torcer, perdendo a vergonha de ser felizes”, afirma Édison Gastaldo, antropólogo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Matéria reproduzida da Revista Época.globo.com publicada em 26/06/14- leia na íntegra aqui
Foto:internet 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A Copa Do Mundo evidencia as desigualdades sociais do Brasil

    Na abertura da Copa do Mundo 2014, em pleno solo brasileiro, entre coreografias dos bailarinos, vimos a palavra Brazil com Z, escrita para "inglês ver", todos sabemos que a grafia da palavra aqui no país é com S, mas no exterior é com Z, e o que tem isso demais? Tem que é emblemático, de forma explícita o Brasil com S e o Brazil com Z, no decorrer dos dias do mundial, mostra sua face mais desigual.
    O Brasil para os nativos continua sendo o mesmo, estamos assistindo a Copa pela televisão, onde tudo é sorrisos, é bonito, felicidade, para nós, a vida normal continua nos ônibus lotados, os pronto-socorros igualmente cheios, escolas sucateadas.
     Ingressos para a Copa? Há isso pobre não viu não, mesmo porque seria necessário investir todo o salário do mês para custear o ingresso, transporte e alimentação no estádio bilionário.
As políticas públicas falham em produzir desenvolvimento social, ações tais como bolsa-família, cotas de acesso e outras do mesmo nível que visam trazer inclusão social são ineficazes.
    Há cerca de 20 anos o Brasil vem crescendo economicamente, mas no campo social este crescimento é tímido, há favelas demais e saneamento básico de menos, e a famosa nova classe média brasileira segue endividada pagando os novos eletrodomésticos. ( Para mim não existe nova classe média, trata-se de um engodo, classe média que mora em favelas não é classe média!)
    O Brazil, com Z, para os estrangeiros, assim como o Rio, continua lindo, pessoas felizes batendo bola na praia, partes de aeroportos com pufes, vídeo games, telões, reservados só para eles, sem acesso a nós simples mortais, nas telas das tvs caras alegres, festa, parece uma segunda dimensão de realidade.
    Olhamos para nós brasileiros e nossa vida comum e para eles, sortudos felizes nas telas, e seguimos com essa dicotomia, torcendo é claro pela seleção brasileira, afinal este é o país do futebol.

Foto: internet

terça-feira, 10 de junho de 2014

Igreja Perseguida na Copa do Mundo

    Não importa se são bons de bola. Em alguns países que participarão da Copa do Mundo no Brasil, os cristãos são perseguidos por sua fé. Conheça-os e torça por eles em oração!
    Enquanto assiste aos jogos, lembre-se que você tem irmãos nestes países, queremos convidar você a orar pelos cristãos perseguidos durante estes dias.

Muitos cristãos que vivem no Irã, Nigéria, Argélia, Colômbia  e Coreia do Norte, representada na Copa pela Coreia do Sul, sofrem por causa de sua fé. Alguns perdem familiares e parentes, outros não têm chance de estudar e trabalhar e muitos perdem a vida. Junte-se a nós e apoie milhões de cristãos nestes países. Você está convocado!
    Ore:
    1- Coreia do Norte (Representado pelo vizinho Coreia do Sul - Grupo H na Copa)
    Pelo 12º ano consecutivo, este é o país onde a perseguição aos cristãos é mais extrema. A adoração ao líder Kim Jong-un não deixa espaço para outra religião. Cristãos são forçados a se reunirem em segredo e não se atrevem a compartilhar sua fé, com medo de serem presos e lançados em campos de trabalho forçado. Qualquer norte-coreano pego em atividades religiosas ilegais está sujeito à prisão, detenção arbitrária, desaparecimento, tortura e até mesmo execução pública. Na Coreia do Norte existem mais de 400 mil cristãos secretos e cerca de 70 mil estão em campos de trabalho forçado por seguirem a Jesus.
    2- Irã- Grupo F na Copa
    O governo Iraniano atua monitorando cultos, prendendo convertidos, proibindo cultos em Farsi/Persa (idioma oficial do país) e fechando igrejas. Os ataques contra comunidades cristãs aumentaram e as restrições às igrejas domésticas estão ainda mais duras. Entretanto a ação do regime iraniano só alimenta ainda mais o crescimento da Igreja.
    3- Nigéria- Grupo F na Copa
    Cerca de 300 igrejas foram destruídas e 612 cristãos nigerianos foram mortos. O extremismo islâmico é a principal causa de perseguição, mas não é a única fonte. Governos locais e grupos sociais não deixam muito espaço para os cristãos, em muitos vilarejos, cristãos são proibidos até mesmo de estudar.
    4- Colômbia- Grupo C na Copa
    Rebeldes de guerrilhas e grupos paramilitares controlam várias regiões. Cristãos que se opõe às atividades rebeldes se tornam alvo. As comunidades indígenas consideram os convertidos ao cristianismo uma ameaça às tradições e a cultura. Muitos cristãos são expulsos de suas terras e igrejas são vigiadas.
    5- Argélia- Grupo H na Copa
    O islã tem aumentado sua influência no governo argelino e as restrições aos cristãos aumentaram. Muçulmanos que se convertem ao cristianismo sofrem grande pressão de suas famílias. Cristãos se reúnem secretamente em casas. Uma igreja no sul foi atacada e o pastor ameaçado diversas vezes nos últimos 3 anos.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sem resposta?

Via Pão Diário-
     Uma de minhas maiores lutas é uma oração não respondida. Talvez você passe pelo mesmo. Você pede a Deus que resgate um amigo de um vício, conceda salvação a um ente querido, que cure uma criança doente, restaure um relacionamento. Acreditamos que todas estas coisas devem ser vontade de Deus. Você ora por anos, mas não recebe nenhuma resposta dele e não vê resultado algum.
     Você lembra o Senhor que Ele é poderoso. Que seu pedido é algo bom. Você suplica. Você espera. Você duvida - talvez Ele não ouça você, ou talvez Ele não seja tão poderosos no fim das contas. Você desiste de pedir - por dias ou meses. Você se sente culpado por duvidar. E lembra-se de que Deus quer que você leve suas necessidades a Ele e novamente lhe fala sobre seus pedidos.
    Podemos algumas vezes nos sentir como a viúva persistente na parábola de Jesus registrada no livro de Lucas, capítulo 18. Ela continua voltando ao juiz, incomodando-o e tentando cansa-lo para que ele ceda. Mas sabemos que Deus é mais gentil e mais poderoso que o juiz da parábola. Confiamos nele porque Ele é bom, sábio e soberano. Lembramo-nos de que Jesus disse que nós devemos..."orar sempre e nunca esmorecer". (vers. 1).
    Portanto pedimos a Ele, " Reúne, ó Deus, a tua força, força divina que usaste a nosso favor" (Salmo 68:28). E depois confiamos nele... e esperamos.
    "Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer." Lucas 18:01

Anne M. Cetas
Pão Diário 2013
Imagem: Internet

terça-feira, 3 de junho de 2014

A lei do coração

Ensinando para transformar vidas - Howards Hendricks -
    O ensino que realmente causa impacto em quem o recebe não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.
     Essa é a lei do coração, que só pode ser verdadeira se compreendermos o sentido bíblico da palavra coração.
    Esse termo é um daqueles que tomam sentidos diversos, e um deles acentuadamente sentimental. Hoje nós o empregamos incorretamente, mas os escritores do Velho Testamento o usavam com o sentido certo.
    Um texto que revela o significado escriturístico do vocábulo é Deuteronômio 6.4-6: " Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força. Estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração."
    Para os judeus, essa palavra englobava a totalidade do ser: intelecto, emoção e vontade.
    O processo de ensinar, nada mais é que a transformação total de uma personalidade, operada pela graça de Deus, e que depois, pela mesma graça, alcança  outros para transforma-los também. Que glorioso privilégio!
    Transferir conhecimento de intelecto para intelecto é a coisa mais simples do mundo. Mas fazer esse trajeto pela via do coração é bem mais difícil, mas também muito mais compensador. Aliás, opera transformação de vida.
    -Caráter, Afetividade, Conteúdo-
    Sócrates resume a essência da comunicação em três conceitos fascinantes que ele denominou ethos, pathos e logos. O primeiro, ethos, diz respeito ao caráter. Pathos compreende a parte da afetividade, e logos o do conteúdo.
    Ethos, segundo explicava Sócrates diz respeito à credibilidade do professor, sua credencial. Ele afirma que nosso jeito de ser é mais importante do que dizemos ou fazemos, aquilo que somos como pessoa é o fator que mais pesa em nossa atuação como orador, conselheiro,comunicador.
    O outro aspecto, pathos, diz respeito ao modo como o professor desperta as emoções  e sentimentos de seus alunos. O filósofo sabia que são as emoções que afinal determinam o rumo de nossos atos. E isso é a chave para a motivação já que Deus nos criou com emoções, sentimentos.
    Sócrates estava convencido de que os professores e os oradores precisavam do conteúdo programático, e denomino-o logos. Curiosamente este é o mesmo termo grego que aparece em João 1 para designar Jesus: "No principio era o Logos, o Verbo. E o Logos se fez carne e habitou entre nós". Desejando comunicar-se conosco Deus personificou sua mensagem. É exatamente isso que temos que fazer.
Se chegou até aqui é porque gostou do assunto, o texto é parte integrante do livro Ensinado para transformar vidas de Howard Henridricks, capítulo 5. Perceba como o autor aplica a palavra de Deus em seus escritos, o livro tem sua primeira edição em 1991, mas é extremamente atual, é inspirador para todos e não só para professores, vale a pena a leitura.

Livro: Ensinando para transformar vidas
Autor: Howard Hendricks
Editora Betânia, Primeira edição 1991
Tradução: Myrian Talitha Lins

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