segunda-feira, 18 de março de 2013

A POBREZA DE JESUS CRISTO

    Ele nasceu numa estrebaria de uma aldeia obscura, na periferia do império romano. Era filho de gente muito humilde e seu berço foi um caixote que se usava para dar de comer aos animais. Quando seus pais o apresentaram a Deus no Templo de Jerusalém, sua oferta se reduziu a duas pombinhas, oferta estipulada pela lei mosaica em tais ocasiões para pessoas sem recursos. Com seus pais, deixou seu lar e viveu como refugiado em terra estrangeira por causa de um decreto imperial que mandava matar todas as crianças com menos de três anos.
    Ele foi criado em outra aldeia na casa de um carpinteiro e, quando adulto chegou a afirmar que não tinha onde recostar a cabeça. Quando completou trinta anos tornou-se um pregador itinerante viajando pelo país com seus doze discípulos. Foi, então, falsamente acusado e inocentemente condenado. Seus amigos o abandonaram. Depois de torturado, foi crucificado entre dois ladrões. Quando morreu, aos trinta e três anos, foi sepultado em um túmulo que um amigo bondoso emprestou. Jesus Cristo foi pobre, mas sua pobreza foi algo que ele assumiu voluntariamente, movido pelo seu amor. Ele era rico, mas fez-se pobre, numa expressão concreta de sua identificação com a humanidade.
    É tempo dos cristãos dos grandes centros urbanos se arrependerem de usar Deus para satisfazerem sua ambição material. E aprenderem a viver com simplicidade e generosidade, ajudando aqueles que não têm para a subsistência diária.
    Cristãos urbanos de classe média estão imersos numa estrutura consumista, alienados da realidade do sofrimento de milhares de brasileiros. Pensam em si e no que é seu e confundem Deus, o Pai de Jesus Cristo, com mamon, o deus dinheiro, o pai de todos os males (1Tm. 6:10). Mamon não é uma potestade, promete paz, tranquilidade, vida feliz e alegria e portanto compete com Deus.Muitos acham que estão confiando em Deus, no entanto, confiam em mamon. (Mat.6:24).
    A sociedade de consumo nos condiciona e nos leva a desejar possuir cada vez mais coisas,convencendo-nos que tendo mais seremos mais. Um mundo que pensa e age somente em termos materiais acabou contaminando o povo de Deus. E "igrejas" anunciam anunciam conforto material ilimitado para aqueles que aderirem e trouxerem sua contribuição.
    Acabamos todos preocupados com a vida material, amarrados em contas, crediários, consumo de supérfluos, símbolos de status, dominados pela ambição de ter mais, sempre insatisfeitos.
    Jesus Cristo na sua pobreza voluntária nos liberta dos condicionamentos da sociedade de consumo, e nos torna dispostos a confiar a ele toda nossa vida, dons, talentos, recursos e tempo para servir com alegria o nosso próximo.
    O verdadeiro conhecimento de Deus gera santidade e serviço, e o verdadeiro conhecimento de si gera quebrantamento e humildade.
    Estas sãos as virtudes que a Igreja mais carece nestes dias: santidade, serviço, quebrantamento e humildade. Portanto tenhamos discernimento, pois há uma outra teologia por aí que ao invés de santidade gera negócios escusos, ao invés de serviço gera egoismo, ao invés de quebrantamento gera farisaísmo, ao invés de humildade gera busca pelo poder.
    Olhemos por um momento para a vida de Jesus de Nazaré em quem cremos. Ele abriu mão de seus privilégios, esvaziou-se de sua divindade, por amor a nós fez-se homem, veio para servir.
    Que o Senhor tenha misericórdia de nós, de sua Igreja, que o Senhor tenha misericórdia do Brasil.

Por Osmar Ludovico da Silva

3 comentários:

  1. é muito bom ter dinheiro e bens, o suficiente para dividir, quando divividimos o que temos não precisa se tudo, uma pequena parte por gratidão a Deus e amor ao proximo, ai sim se entende que é melhor dar do que receber, nunca saberemos o que significa o que diz na biblia em atos 20:35 se não dividimos nada com ninguem.

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  2. Olá Anônimo ,obrigada pelo comentário,que o Senhor continue a falar ao seu coração,abraços!

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