domingo, 20 de julho de 2014

O tempo, o tempo, o tempo

Via Think Higher-
  O tempo é uma coisa estranha. Temos muito, mas de repente notamos que já temos pouco. Há momentos mágicos em que queremos que ele pare e outros trágicos em que desejamos que ele passe depressa. Hoje temos todo o tempo do mundo e amanhã reparamos que afinal isso era apenas refrão de canção.
Lembrei esta semana que, quando os meus filhos eram crianças, imaginava como seriam daí a vinte, trinta anos. Chegava junto da cama enquanto dormiam e pensava que tipo de pessoas seriam, quando fossem um homem e uma mulher. Havia ainda muito tempo para viver...
    Recordo a força, a atividade, energia e vigor dos meus pais  e como o tal tempo foi roubando tudo isso, até lhes esgotar a vida. O tempo apagou dores, levou recordações, esbateu rostos...
Hoje, temos a nossa vida programada para um certo tempo, mas de repente, tudo pode mudar e num segundo, o tempo que pensávamos seria imenso para fazer isto e aquilo, começa a bater com outro ritmo e em vez de olharmos para os ponteiros do tempo, funcionamos como se o tempo tivesse outra ordem e outro maquinismo.
    E Deus? Como funciona Ele com o tempo? Um dia é como mil anos...como é que nós, simples mortais, entendemos tal contagem? 
"Os meus tempos, estão nas Sua mãos". Tenho que confiar que cada momento, minuto e segundo do tempo, Ele tem controlado, propositado e planejado. 
    Quando nos apercebemos que temos já pouco tempo, ele torna-se mais precioso, valioso e queríamos gastá-lo falando menos e ouvindo mais, chorando menos e sorrindo mais, correndo menos e contemplando mais, desejando menos e desfrutando mais...
Que relógio estranho é o tempo. 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Teve Copa, o Brasil perdeu e o mundo não acabou

    Enfim acabou e o primeiro dia após a Copa do Mundo 2014 foi normal, todos levantamos e nos dirigimos aos compromissos, trabalhar, estudar, táxis, ônibus, carros, vida que segue.
Nós brasileiros abraçamos a festa, cantamos, sorrimos, choramos e choramos de novo.
    O mundial começou em meio a desconfianças e medos, de que não daria certo, que seria um fiasco, que haveria protestos, e a coisa toda funcionou, a cada jogo da nossa seleção ficávamos mais otimistas, só que aí veio o 7x1, e despertamos todos como se em transe estivéramos. Percebemos com lágrimas que não somos os melhores.
    Agora as vozes são todas de reformas para o nosso futebol, mas esse não deve ser o foco, agora devemos olhar para frente, para o Brasil que queremos, não só no futebol, mas avanços sociais, educacionais, saúde e segurança são necessários.
    Todos são só elogios para nosso Brasil, nosso povo e "nossa" Copa. A frustração por ver a Copa só pela televisão ainda permanece em milhares de nós, mas vai passar; declarações de moradores do bairro Itaquera, no entorno do Estádio Itaquerão em São Paulo, dão conta que em dias de jogo só quem tinha um ingresso circulava. E a prisão preventiva de 19 pessoas ligadas a protestos anteriores e a movimentos de massa, na véspera da final, em suas casas e locais de trabalho foi uma demonstração de força do governo e um recado dado.
    O governo fez acontecer e o povo colaborou por ser um povo pacífico e amigo.
    As preocupações com nosso país são muitas e justificadas, e o Brasil precisa continuar sendo o país de todas as raças, com liberdade para expressão de opinião, fé, culto, oportunidades e esperança!

terça-feira, 8 de julho de 2014

Aquecendo o coração que crê

Por Miriã Almeida-
"E O SEU SEMBLANTE JÁ NÃO ERA TRISTE" (I Samuel 1.18)
    Essa frase foi dita sobre Ana. Ela não tinha filhos e isso para uma mulher de seu tempo, era desonroso e trágico. Inclusive permitia a seu marido, casar-se com mais de uma mulher, para que tivesse descendência.       E, certamente, foi valendo-se dessa possibilidade, que Elcana, o marido de Ana, admitiu sua segunda esposa e dela teve filhos. Ana era humilhada e sofria provocações por parte dessa mulher. Essa situação foi ficando tão insustentável que até o brilho do amor que Elcana tinha por ela era apagado pela tristeza. Sua vida era amargurada.
    Foi assim que Ana viajou com seu marido, a outra esposa dele e os filhos, para cultuarem a Deus. Num ato de desespero, foi até o templo e orou, derramando sua alma em pranto aos pés do Senhor. Ela foi a primeira pessoa a referir-se a Deus como SENHOR DOS EXÉRCITOS...isso prova que tinha comunhão com Deus, sabia quem era Ele!
     O sacerdote Eli, que a observava, julgou-a mal, achou que ela estivesse embriagada. Depois, falando com ela, viu que era uma mulher aflita de coração e foi usado por Deus para lhe dar uma palavra: "Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que fizeste". (I Samuel 1.17). Ana creu. Entrou triste, saiu alegre; entrou desesperada e humilhada, saiu cheia de esperança e com essa alegria estampada no rosto.
    Deus concedeu o filho que Ana pediu. Ela trouxe o menino, Samuel, para viver no templo, dedicado ao Senhor, como prometera. E então, esse nosso "exagerado" Deus, deu a Ana mais cinco filhos: três meninos e duas meninas! Pediu um, ganhou seis!
    Mas o ponto que me impressiona neste momento é que Ana, ao sair do Templo, ANTES de ver concretizada a promessa dada por Deus através do sacerdote, já estava alegre e não mais triste. Um dia o Espírito Santo vivificou essa frase ao coração de um homem desesperado, mergulhado em dúvidas, no isolamento de um convento. Ao ser tocado por Deus, pelas mesmas palavras que foram dirigidas a Ana, esse homem foi revigorado sobremaneira e o movimento conhecido como Reforma Protestante começou. Martinho Lutero era esse homem, cujo semblante também foi iluminado por ter sido iluminado o seu coração, com as vívidas e poderosas e cálidas palavras de vida.

Não sei se seu coração está triste hoje, mas sei que nosso Deus ainda continua com o mesmo poder de transformar um semblante, aquecendo o coração que crê, com palavras vivas.

Miriã Almeida  

Publicado sob autorização
Foto: internet
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